Bloques afro de carnaval en Belo Horizonte

Racialidad y organización

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.48162/rev.48.080

Palabras clave:

blocos afro, organizaciones negras, prácticas organizativas

Resumen

Buscamos entender cómo la racialidad, inherente a los Afroblocos Angola Janga y Magia Negra en el carnaval de Belo Horizonte, Minas Gerais, se moviliza a través de prácticas organizativas, dirigiendo el componente racial hacia la constitución y resignificación de la realidad social. Nos basamos en debates sobre los orígenes de los afro blocos, el racismo, las prácticas organizativas y el proceso organizativo para considerar los afro blocos como organizaciones negras que configuran sus prácticas en el presente, redefiniendo la realidad social en la que se insertan. Utilizamos un enfoque cualitativo, con un contexto de investigación etnográfico, y el análisis temático como herramienta analítica. Los principales resultados destacan seis prácticas comunes en la vida cotidiana de los blocos estudiados: prácticas afectivas, prácticas de financiación, prácticas de negociación, prácticas de recuperación ancestral, prácticas territoriales y prácticas de construcción de conocimiento. Concluimos que los blocos afro, como Angola Janga y Magia Negra, no consideran la raza como una práctica, sino como un principio organizativo. Destacan por su valoración racial y su compromiso antirracista, lo que confiere a estas organizaciones su singularidad. Además de ser focos de resistencia cultural y física, se reconocen como productores de un conocimiento colectivo que cambia y está estrechamente relacionado con las actividades cotidianas.

Citas

Álvarez, M.I F. (2011). Além da racionalidade: o estudo das emoções como práticas políticas. Mana, 17, 41-68.

Aronson, J. (1995). A pragmatic view of thematic analysis. The Qualitative Report, 2(1), 1-3.

Bakken, T. & Hernes, T. (2006). Organizing is both a verb and a noun: Weick meets Whitehead. Organization Studies, 27 (11), 1599-1616.

Bispo, M. S. (2013). Estudos baseados em prática: conceitos, história e perspectivas. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, 2(1), 13-33.

Bispo, M. S. (2014). O Processo de organizar em agências de viagens: influências estéticas, etnometodológicas e práticas. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 8 (1), 161-182.

Bispo, M. S. (2015). Methodological reflections on practice-based research in organization studies. Brazilian Administration Review, 12 (3), 309-323.

Braun, V., & Clarke, V. (2006). Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, 3(2), 77-101.

Cambria, V. (2006). A fala que faz: Música e identidade negra no bloco afro Dilazenze (Ilhéus, Bahia). Revista Anthropológicas, 17 (1), 81-102.

Dantas, M. (1996). Três organizações afro-baianas, três modelos, três estilos de liderança. In: Tânia, F. (Org.). O carnaval baiano: negócios e oportunidades. Brasília: Editora. SEBRAE, (pp.105-120).

Domingues, P. (2008). Um" templo de luz": Frente Negra Brasileira (1931-1937) e a questão da educação. Revista Brasileira de Educação, 13 (39), 517-534.

Fairclough, N. & Melo. O, I. (2012). Análise Crítica do Discurso como método em pesquisa social científica. Linha D’Água, 25 (2), 307-329.

Gherardi, S. (2009). Practice? It’sa matter of taste!. Management Learning, 40 (5), 535-550.

Gomes, N. L. (2019). O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes Limitada.

Malinowski, B. (2018). Os Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Ubu.

Miguez, P. (1996). Que Bloco é esse? In: Tânia, F. (Org.). O carnaval baiano: negócios e oportunidades. Brasília: SEBRAE, (pp.75-103).

Miguez, P. (1999). A cor da festa—cooptação e resistência: espaços de construção da cidadania negra no carnaval baiano. Estudos Íbero-americanos, 25 (1), 161-170.

Miguez, P. (2008). A emergência do carnaval afro-elétrico empresarial. In: IX Congresso Internacional da BRASA–Brazilian Sudies AssociationTulane University, New Orleans, Anais... Louisiana, 2008.

Morales, A. (1991). Blocos negros em Salvador: reelaboração cultural e símbolos de baianidade. Caderno CRH, 4, 72-92.

Moura, M. & Agier, M. (2000). Um debate sobre o carnaval do Ilê Ayê. Afro-Ásia, 24, 367-378.

Nascimento, A. (2019). O quilombismo: documentos de uma militância pan-africana. Rio de Janeiro: Ipeafro.

Nascimento, B. (2021). Uma história feita por mãos negras: Relações raciais, quilombos e movimentos. Rio de Janeiro: Zahar.

Oliveira, J. S. (2016). Práticas Organizativas e Emoções: Contribuições para as Pesquisas sobre Organizações Culturais. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, 5(2), 51- 68.

Oliveira, J.S. & Cavedon, N. R. (2015). As tramas políticas emocionais na gênese de processos organizativos em uma organização circense. Organizações & Sociedade, 22, 61-78.

Rolnik, R. (1989). Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro. Revista de Estudos Afro-Asiáticos, 17, 1-17.

Reckwitz, A. (2002). Toward a theory of social practices: A development in culturalist theorizing. European journal of social theory, 5(2), 243-263.

Reckwitz, A. (2012). Affective spaces: a praxeological outlook. Rethinking History: The Journal of Theory and Practice, 16 (2), 241-258.

Rezende, A. F., & Andrade, L. F. S. (2022). Direito do Negro à Cidade: de uma Formação Socioespacial Racista à Utopia Lefebvriana. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 1-14.

Rezende, A. F., & Pereira, J. J. (2023). Kandandu: Identidade da Mulher Negra, Racismo e o Carnaval de Rua. Journal of Contemporary Administration, 27(6), 1-15.

Rolnik, R. (1989). Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro. Revista de Estudos Afro-Asiáticos, 17, 1-17.

Sansone, L. (1996). Nem somente preto ou negro: o sistema de classificação racial no Brasil que muda. Afro-Ásia, (18).

Santos, L. L. S.; Alcadipani, R. S. (2015). Por uma epistemologia das práticas organizacionais: a contribuição de Theodore Schatzki. Organizações & Sociedade, Salvador, 22(72), 79-98.

Schatzki, T (2012). A primer on practices: Theory and research. Practice-based education,13-26.

Schatzki, T. (2003). A new societist social ontology. Philosophy of the social sciences. 33 (2), 174-202.

Schatzki, T. R. (2005). Peripheral vision: The sites of organizations. Organization studies, 26 (3), 465-484.

Schatzki, T. R. (2006). On organizations as they happen. Organization studies, 27 (12), 1863-1873.

Simas, L. A. & Rufino, L. (2018). Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. Rio de Janeiro: Mórula.

Souza, G. K. S. S. (2012) Bloco Afro Akomabu: Espaço de fortalecimento da identidade e autoestima entre crianças e adolescentes negros. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), 3 (7),157-169.

Spaargaren, G.; Lamers, M.; Weenink, D. (2016). Introduction: Using practice theory to research social life. Practice theory and research: Exploring the dynamics of social life, 3-27.

Tureta, c. & Araújo, B. F. V. B. (2013). Escolas de samba: trajetória, contradições e contribuições para os estudos organizacionais. Organizações & Sociedade, 20 (64), 111-129.

Vergara, K. R. G. (2017). Que Bloco é Esse? Posicionamento do Bloco Afro Ilê Aiyê no Carnaval de Salvador e o Movimento do Samba Reggae. Revista Brasileira do Caribe, 18 (34), 91-106.

Warde, A. (2005). Consumption and theories of practice. Journal of consumer culture, 5 (2), 131-153.

Whittington, R. (2006). Completing the practice turn in strategy research. Organization studies, 27(5), 613-634.

Publicado

03-07-2024

Cómo citar

Rezende, A. F., & Luiz Alex Silva Saraiva. (2024). Bloques afro de carnaval en Belo Horizonte: Racialidad y organización. Estudios Sociales Contemporáneos, (31), 179–204. https://doi.org/10.48162/rev.48.080