Escravidão e corpos: do ambiente ao lugar

Resistências e políticas para pensar o corpo como lugar a partir da “Casa Grande & Senzala”

Autores

  • Pedro Porta Fernández Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET); Universidad Nacional de Tres de Febrero

DOI:

https://doi.org/10.48162/rev.48.081

Palavras-chave:

política, corpo, carnaval, comida, escravidão, religião

Resumo

O objetivo deste trabalho é pensar a escravidão e suas modalidades de resistência a partir da experiência brasileira. A proposta é recuperar uma série de dinâmicas, práticas e dispositivos que geraram escravos negros no Brasil do século XIX para dar conta de formas de resistência e produzir politicidades na vida cotidiana onde o corpo se torna campo de disputas. Analisaremos alguns aspectos da vida cotidiana como refeições, carnavais, religião, educação, linguagem, alimentação ou sexo onde o corpo ocupa um papel central. Para levar adiante recuperaremos o trabalho realizado por Gilberto Freyre, principalmente sua obra “Casa Grande & Senzala”. Para este objetivo propomos três seções. Na primeira, uma introdução à obra de Gilberto Freyre e suas principais categorias. Em segundo lugar, mergulhamos, a partir da obra do autor, na dinâmica cotidiana da escravidão brasileira. Para uma terceira seção que permite uma releitura dessas dinâmicas em termos de resistência e politicidades do sentido das práticas, levando em conta o corpo como lugar onde esses processos acontecem.

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Publicado

03-07-2024

Como Citar

Porta Fernández, P. (2024). Escravidão e corpos: do ambiente ao lugar : Resistências e políticas para pensar o corpo como lugar a partir da “Casa Grande & Senzala”. Estudios Sociales Contemporáneos, (31), 205–232. https://doi.org/10.48162/rev.48.081