Liberdade para quem?
Um estudo em casas brasileiras de swinging
DOI:
https://doi.org/10.48162/rev.48.071Palavras-chave:
Swinging, Casas de swinging, Práticas sexuais, SexualidadeResumo
Neste artigo a proposta é discutir a propagada liberdade sexual na prática do swinging. Para isso, foi levada a cabo uma etnografia em duas casas de swinging da cidade de Belo Horizonte, Brasil. As principais contribuições do trabalho se dão em dois sentidos: primeiro, humanizar as práticas de pesquisa, no que a etnografia tem um papel central, à medida que permite que a imersão no contexto e o contato com as pessoas mostre aos pesquisadores que seu papel é menos o de julgar a vida alheia do que o que procurar compreendê-la dentro das diferenças humanas. E segundo, quanto à liberdade apregoada, ela não é tão plena quanto proposto, sendo diferente entre mulheres, que se submetem à situação, reproduzindo o que vivem em sociedade, e os homens, que dirigem e controlam todo o processo, tal como lhes permite o patriarcado sob o qual todos vivemos.
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