A identidade da atividade de ensino: construindo uma experiência participativa de pesquisa- ação
Palavras-chave:
Pesquisa-ação participativa, Identidade docente, Prática docente, reflexão-ação, formação docenteResumo
Apresentamos aqui uma experiência no âmbito da cátedra Identidade e Profissão docente, sob a modalidade Ação-Pesquisa Participativa (IAP), com alunos do quarto ano dos professorados de Biologia, Física e Matemática da Faculdade de Ciências Exatas, Químicas e Naturais da Universidade Nacional de Misiones (FCEQyN) e professores que são integrantes da cátedra.
A experiência foi organizada a partir de momentos de problematização, análise, reflexão, leituras e sistematização de situações e vivências sobre a identidade da atividade docente. Trabalhamos os conteúdos da disciplina através de percursos
que promoveram a reflexão sobre os processos de construção da identidade profissional; auto-socioanálise (Bourdieu, 1999) que permitiu aos alunos e professores se assumissem como produtos e produtores de suas trajetórias sociais: família, escola, etc. Apresentamos alguns aspectos do processo realizado pelos participantes no percurso e na constituição de sua identidade docente.
A IAP foi uma modalidade de autoaperfeiçoamento disponível a todos os envolvidos, o que facilitou a revisão crítica das próprias práticas e dos conceitos que as sustentam. Permitiu a articulação dialética entre teoria e prática, provocando a ruptura do "senso comum" da prática docente. Nesta experiência, em primeiro lugar, demos a voz aos alunos para que pudessem narrar suas ideias sobre a identidade docente e suas histórias de vida; e nós, professores, fomos
contribuindo com relatos dos acontecimentos passados em nossas práticas nos anos 80 e 90. Convidamos professores ativos, com diversas trajetórias, para compartilharem seus testemunhos e experiências. Elaboraram narrativas sobre
todas estas situações vividas. Como grupo autorreflexivo fomos reconhecendo e ressignificando várias concepções de ensino e prática, bem como algumas características do processo de construção da identidade e da atividade docente,
recorrendo também à elaboração de "Autobiografias" como estratégia. Trabalhamos metodologicamente conforme propõem Carr e Kemmis (1988) como uma espiral dialética autorreflexiva, formada por sucessivos ciclos de planejamento, ação, observação, reflexão e ação.
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